Por que mais pessoas estão chegando aos 100 anos?

Por que mais pessoas estão chegando aos 100 anos? Estamos próximos à marca de 1 milhão de centenários. Segundo a Divisão de População da Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que, em 2021, mais de 621 mil pessoas tenham ultrapassado o centésimo ano de vida.

A tendência é que esse número supere a marca de 1 milhão até o final desta década, não é maravilhoso?

Mas o ser humano percorreu um longo caminho (em termos de expectativa de vida) graças aos avanços da ci~encia em áreas importantes como medicina, alimentação e qualidade de vida e trabalho.

Para ter uma ideia, em 1960, quando a ONU começou a colher e manter dados globais sobre o assunto, a expectativa de vida era em torno de 52 anos.

Atualmente, não se espera que a maioria dos seres humanos em todo o mundo desfrute de um aniversário de platina (75 anos), já que a expectativa de vida média global atual está em 73 anos.

O quadro muda muito de país para país, no entanto. A expectativa de vida média no Japão, por exemplo, é de 85 anos, enquanto alguém na República Centro-Africana costuma viver apenas 54 anos.

Além disso, a maioria das pessoas que chega à velhice provavelmente será atormentada por doenças crônicas.Os homens passam os últimos 16 anos de vida lidando com condições que vão de diabetes a demência e para as mulheres, esse tempo sobe para 19 anos.

Qual é o segredo?

Em 2010, os pesquisadores americanos contavam cerca de 60 a 70 pessoas nessa faixa etária. Em 2017, esse número havia se expandido para 150.

Os centenários se destacam por terem uma saúde relativamente boa para a idade.

O que intriga ainda mais os especialistas em idade é o fato que algumas pessoas não são exatamente um exemplo de boas práticas em saúde.

Os cientistas suspeitam que a genética desempenha um papel importante na longevidade.

Centenários parecem capazes de se proteger contra o desgaste que afeta os mais jovens com o passar do tempo. Eles também se mostram capazes de compensar até mesmo hábitos pouco saudáveis ​​que levam a maioria de nós à morte precoce.

Pesquisadores da Universidade de Washington, nos EUA, afirmam que a longevidade extrema atingirá novos limites neste mesmo século — e possivelmente resultará em casos de pessoas que assoprarão 125 ou até 130 velas nos bolos de aniversário.

A grande questão aqui não é discutir quanto tempo podemos viver, mas como podemos retardar o início do declínio relacionado à idade e permanecer saudáveis por mais tempo do que agora.

Veja também:

Memória de curto prazo em idosos: como melhorar?

30% do envelhecimento é genético

Vacina contra gripe pode reduzir em 40% o risco de Alzheimer